quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Greve no transporte coletivo causa grandes prejuízos ao comércio de Feira de Santana


Greve no transporte coletivo causa grandes prejuízos ao comércio de Feira de Santana
O período natalino é uma das épocas de maior aquecimento das vendas no comércio feirense. Normalmente nesta data as ruas são invadidas por uma onda de carros e uma multidão de pessoas. Quem resolveu sair na terça-feira (23) as compras encontrou o centro da cidade intransitável e as primeiras horas sem transporte coletivo, após a greve decretada pelos rodoviários, reservaram pontos de lentidão no tráfego e congestionamentos, que se formaram após uma manifestação dos rodoviários em frente à Prefeitura Municipal, entres as Avenidas Senhor dos Passos e Getúlio Vargas, região central da cidade.
Antes das 8 horas da manhã, os manifestantes cruzaram três ônibus entre as avenidas e permaneceram no local, bloqueando a passagem. O trânsito fluiu com lentidão nas Avenidas Presidente Dutra e na Rua J.J. Seabra. “Nós tentamos desde sexta-feira, junto ao Ministério Público, a Prefeitura e a CDL. Fizemos de tudo para isso não acontecer, mas infelizmente quem poderia resolver não fez nada, nosso problema é gravíssimo”, disse José de Souza, vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários Urbanos, Intermunicipais e Interestaduais de Feira de Santana - Sintrafs.
Os rodoviários decretaram greve a partir das 0 hora da última terça-feira (23), após tentativas sem sucesso de tentar receber uma série de diretos trabalhistas como a segunda parcela do 13º salário, o adiantamento salarial, quitado todo dia 20 do mês, plano de saúde e ainda reclamam o não recolhimento do FGTS há 17 meses “Nós precisamos hoje de 1 milhão e duzentos mil para pagar os trabalhadores e voltar a normalidade da cidade”, confessou. Segundo o representante sindical, houve a negociação com a Prefeitura, onde esta arcaria com R$ 700 mil, relativo à antecipação dos vales-transportes a as empresas dariam a contrapartida de R$ 500 mil, mas não foi aceita a proposta. O desequilíbrio financeiro ainda atingem as contas com plano de saúde dos funcionários, R$ 200 mil em dívidas e R$ 5 milhões com fornecedores.
Segundo José de Souza, as empresas não tem interesse em voltar a circular em Feira de Santana, situação que só seria contornada com aumento imediato da tarifa e a renovação do contrato de concessão por mais dois anos. No atual cenário, segundo o Sintrafs, 1.200 funcionários estão desempregados. O sindicato defende que deve existir uma intervenção do Ministério Público, com a gestão do serviço de transporte com a participação do MP, Prefeitura e Sindicato, onde não seriam assumidos os passivos, somente os gastos com salários, manutenção de veículos e pneus. “Eu acredito que deveria acontecer uma intervenção, a Prefeitura deveria assumir as duas empresas arrumar o dinheiro e pagar com urgência aos funcionários, aí nós voltaríamos imediatamente a rodar”. Folha do Estado/Foto: Mário Sepúlveda
Fonte: Valter Vieira Noticias.

Nenhum comentário:

Postar um comentário